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domingo, 8 de dezembro de 2013

CHEGA DE CARROS CAROS Revoga-se a Lei Ferrari 6729/79


Revoga-se a Lei Ferrari 6729/79


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ofício à chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, pedindo a revogação da Lei 6.729/79, conhecida como Lei Ferrari, que dispõe sobre a concessão comercial entre produtores e distribuidores de veículos. O pedido é baseado em dez razões citadas pela 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (Consumidor e Ordem Econômica). Para a Câmara, a manutenção da lei contribui para um cenário de preços altos e, de modo geral, para a baixa qualidade dos veículos no Brasil.
O coordenador da 3ª Câmara, Antonio Fonseca, explica que a regulação federal possibilita uma série de restrições verticais, em prejuízo do processo competitivo em diversos elos da cadeia de comercialização. Ao mesmo tempo, autoriza a troca de informações entre concorrentes, no âmbito da produção (montadoras) e da distribuição (concessionárias), possibilitada pelas convenções de categorias econômicas (na produção) e pelas convenções de marca (na comercialização).
Segundo nota técnica produzida pela 3ª Câmara, toda a concepção da Lei Ferrari amarra e engessa a comercialização de veículos no país, em benefício principalmente das concessionárias, e em prejuízo dos consumidores e demais agentes da cadeia produtiva (revendedores independentes, lojas de autopeças, prestadoras de serviços de reparo de veículos, transportadores independentes, etc). “O interesse das montadoras e, principalmente, das concessionárias de veículos não deveria contrapor-se aos interesses dos consumidores”, diz.

Ao participar de audiência pública no Senado Federal, em dezembro de 2012, Fonseca apontou a deformação básica gerada pela Lei Ferrari em relação ao controle das práticas comerciais no setor automotivo. “O problema do excesso de regras de comercialização pela Lei Ferrari é que, de todos aqueles setores regulados que a Constituição especifica, vem sempre atrás uma estrutura, uma autoridade reguladora. Aqui, temos o cheque em branco, uma lei que regula e não dá uma autoridade reguladora para controle”, declarou.
A nota técnica da 3ª Câmara abordou as contribuições de documento produzido pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e examinou informações levantadas por meio de iniciativas do Senado Federal, que buscam explicações para os elevados preços dos automóveis no país e propõe medidas para superar distorções existentes no mercado automotivo. Ambos indicaram a necessidade de revisão do marco legal, mas, para a 3ª Câmara, a revogação da lei é “a única forma de o Estado quitar com grande atraso uma dívida com o cidadão”.
Fonseca espera agora que outros órgãos ligados à defesa do consumidor possam apoiar o pleito do MPF.

Conheça as dez razões enumeradas para revogação da lei Ferrari

1.    Influência discutível do “custo Brasil”: os efeitos da carga tributária e dos custos de produção mais elevados não justificam plenamente os preços mais altos no país, conforme estudo do Senado Federal.
2.    Risco de cartelização: a previsão de Convenções de Categorias Econômicas e de Convenções de Marcas permite a criação de ambiente propício para a troca de informações e acordos, ainda que tácitos, sobre variáveis comerciais, com o risco de restringir a concorrência.

3.    Restrição à concorrência no mercado de autopeças: o “índice de fidelidade de compra de componentes dos veículos automotores” a que as concessionárias estão submetidas reforça o poder das montadoras no segmento de serviços de pós-venda.

4.    Restrição à concorrência interna à marca: a lei traz várias restrições comerciais que limitam a concorrência dentro da marca, como a proibição de venda de veículos pelas concessionárias a outras revendas e pelas montadoras ao consumidor final, e ainda a exclusividade territorial concedida às concessionárias.

5.    Restrição à concorrência entre marcas: a possibilidade de a montadora impedir a concessionária de comercializar outra marca restringe a concorrência entre marcas.

6.    Alta concentração entre as maiores montadoras: a concentração de mercado entre as quatro maiores montadoras (Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford) diminuiu apenas de 100% para 82% entre 1995 e 2010, após a desconcentração ocorrida no período, durante o qual entraram no mercado treze novas marcas.

7.    Baixa qualidade e atraso em recursos de segurança: pela falta de incentivos de competitividade, a qualidade dos veículos fabricados no país é mais baixa que nos países industrializados, e o Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina estimou que em modelos populares a segurança está cerca de 20 anos atrasada em relação àqueles países.

8.    Distinta experiência internacional: ao longo das mais de três décadas de vigência da Lei Ferrari, o mercado automotivo passou por transformações nos Estados Unidos e na Europa. Na maioria dos estados americanos (encarregados da legislação no setor), é proibida a imposição de restrições verticais semelhantes às da Lei Ferrari, como índices de fidelidade para autopeças e exclusividade contratual de marca em estabelecimentos varejistas. Na Europa, nova regulamentação a partir de 2002 reduziu a incidência de exclusividade nas redes de distribuição, vedando-a a fabricantes com mais que 30% do mercado.
9.    Incompatibilidades entre a Lei Ferrari e a Lei de Defesa da concorrência: o Cade já se debruçou várias vezes sobre representações acerca de condutas dos agentes econômicos do setor automotivo, reconhecendo o caráter anticompetitivo dos fatos indicados. No entanto, nesses casos, o tribunal administrativo pouco ou nada pôde fazer, tendo em vista que esses fatos encontravam respaldo na lei.

10.  Engessamento normativo: a moldura legal criada pela Lei Ferrari dificulta a proposição de mudanças pontuais. Todas as iniciativas no Congresso resultaram em arquivamento, e até um projeto da senadora Ana Amélia, que propõe alteração da lei em seus artigos mais restritivos à concorrência, tem encontrado dificuldades no andamento.
Fontes:
Gol 1.0 fabricado no Brasil custa R$ 18.000,00 no Mexico
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

As dez piores coisas sobre trabalhar na Google


Enquete realizada com antigos funcionários mostra uma realidade diferente da apresentada pela empresa


Todos que trabalham com tecnologia já devem ter imaginado como é trabalhar na Google. Fazer parte da equipe da empresa pode parecer um sonho para muitos, já que ela foi listada várias vezes como uma das melhores para se trabalhar. Só que, de acordo com alguns ex-funcionários, talvez ela não seja o paraíso que muitos acreditam ser.

Uma pesquisa feita pelo site Quora reuniu vários funcionários e ex-funcionários da Google para saber quais são os pontos negativos de se trabalhar na empresa. O site Business Insider conseguiu uma lista com as dez principais reclamações daqueles que já estiveram (ou ainda estão) envolvidos com a gigante das buscas.

As reclamações são as seguintes:

1) Todos os funcionários são incríveis, o que faz com que alguns tenham empregos mundanos

Graças ao seu status, a Google consegue contratar apenas a nata das universidades dos EUA, mas para realizar funções mundanas, como remover vídeos do YouTube. De acordo com alguns funcionários, apesar de a remuneração ser considerável, a satisfação profissional de muitos é praticamente nula.
2) A Google é só mais uma grande corporação
De acordo com alguns funcionários, apesar de parecer algo completamente diferente, a o ambiente dentro da Google é a de uma grande corporação, com escritórios comuns, como os de qualquer outra empresa.

3) Grande parte dos engenheiros é medíocre

Apesar de muitos acreditarem o contrário, uma das maiores reclamações é a de que os engenheiros da Google são medíocres, mas, por trabalharem na empresa, se mostram arrogantes. De acordo com funcionários, eles não aceitam sugestões, se achando superiores aos outros.

4) Os gerentes são como os engenheiros

Assim como acontece com os engenheiros, os gerentes também são medíocres, não querendo se arriscar, buscando apenas focar em métricas e ignoram as necessidades dos seus funcionários.

5) A Google não entende de design

Funcionários reclamam que, apesar de a empresa ter alto conhecimento de engenheira, seus produtos perdem muito em design, o que levou ao cancelamento de diversos projetos, como o Google Wave, Google Video e até mesmo o Orkut.

6) Promessas que nunca são cumpridas

Alguns funcionários reclamaram que você deve sempre ter uma cópia por escrito de coisas que são prometidas dentro da empresa, já que muitas delas são vagas e não viram realidade.

7) Uma grande festa que não leva a lugar algum

Funcionários reclamaram do clima descontraído demais, com video games e ambiente de trabalho relaxado, já que isso faz com os envolvidos não foquem no seu trabalho.


8) Não permitir home office
 
Apesar de a internet nos Estados Unidos ser muito boa, a Google ainda faz com que seus funcionários tenham que ir todos os dias para o escritório, o que se torna um impedimento para diversos profissionais.


9) Estagiários são maltratados

De acordo com um estagiário da Google, ele foi maltratado dentro da empresa e não foi o único a sofrer com isso. “Eles pareciam achar que qualquer um que não trabalha no “verdadeiro Google” é mentalmente e moralmente inferior”.

10) Você não consegue mudar nada dentro do Google

Muitos funcionários reclamaram que a chance de alguém conseguir realizar algum projeto grande dentro da empresa é muito pequena. Por causa do grande sucesso do AdWords, a Google tem um lucro impressionante e utiliza grande parte dos seus funcionários para manter a ferramenta funcionando, não movimentando funcionários para outros projetos.
Uma situação complicada e que coloca em xeque diversas informações que a própria empresa gosta de promover ao falar dos seus escritórios. O que você acha sobre isso? Acredita que o Google é só uma empresa como outra qualquer ou que isso tudo é mágoa de ex-funcionários para com a companhia?


Fontes: 1 2 3

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Professor ganha R$ 7.860 na Finlândia


Valorização profissional: Na Finlândia, salário inicial de professor é de R$ 7.860


Na análise de quaisquer que sejam os rankings de educação, é praticamente certo que a Finlândia – país nórdico de cerca de 5 milhões de habitantes (mesma quantidade de alunos da rede estadual de São Paulo) – esteja presente nas primeiras posições. Por ter um dos melhores sistemas de ensino do mundo, representantes do Ministério da Educação do país foram convidados a vir a São Paulo para detalhar o modelo que pode servir de inspiração ao Brasil. O evento foi promovido pelo Colégio Rio Branco e pela Embaixada da Finlândia.
Em entrevista ao Estado, Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, disse que a “receita do sucesso” tem a ver com o trabalho do professor, cuja profissão é valorizada e muitos jovens querem segui-la.
É fácil ser professor na Finlândia?
É das profissões mais populares no país. Por isso, nos preocupamos em selecionar bem os profissionais. Apenas 10% dos candidatos que pretendem entrar na universidade para serem professores conseguem fazer o curso. E não se pode ser professor na Finlândia sem ter mestrado.
No Brasil há déficit de professores de Química, Física e Matemática. Faltam esses profissionais na Finlândia?
Nossa situação é diferente. É fácil para nós termos professores, pela grande procura. Só em Matemática é um pouco mais difícil.
Professor em seu país dá aula em mais de uma escola?
Sabemos que os professores brasileiros fazem isso, mas não na Finlândia. Lá, o docente dá aula em apenas uma escola. Geralmente fica com o mesmo grupo de alunos, acompanhando-os por cerca de 6 anos.

Qual o salário médio dos docentes?
Eles não são nem mal pagos nem tão bem pagos. O salarial inicial de professor de ensino fundamental é de cerca de € 3.000 (R$ 7.860) por mês.
Qual é o tamanho da carga horária nas escolas finlandesas?
Temos uma das cargas horárias mais curtas do mundo. Nos anos iniciais do ensino fundamental, por exemplo, os estudantes ficam entre 3 e 4 horas na escola apenas.
Então, eles levam muito dever escolar para casa? Nós não somos muito defensores da tarefa de casa. A quantidade que passamos para os nossos alunos é baixa. É um sistema diferente de países asiáticos, que passam muita tarefa.
Como são feitas as avaliações?
Na educação básica não temos uma avaliação nacional. Em cada sala, o professor é quem decide como avaliar seus alunos. Não acreditamos muito em testes e controle, focamos mais no aprendizado. Temos um sistema bem descentralizado.
Com que idade os alunos finlandeses aprendem a ler?
Nós não esperamos que aprendam a ler antes dos 7 ou 8 anos. As crianças precisam ser crianças.
Qual a grande mensagem que a Finlândia pode oferecer ao Brasil?
A qualidade e a equidade são os pontos mais importantes. Independentemente da cidade e do bairro em que estejam localizadas as escolas, elas devem oferecer uma boa educação para todos os alunos. Isso é fundamental.
Estado de São Paulo



Professora formada pela UFBA sente-se uma rainha na Finlândia

País com a melhor educação do mundo, a Finlândia tem entre os seus professores da rede pública uma brasileira. Luciana Pölönen, de 26 anos, nasceu em Salvador (BA), é formada em letras pela Universidade Federal da Bahia e se mudou para Finlândia em 2008, com objetivo de fazer mestrado. Desde 2010, compõe o corpo docente finlandês. No país do Norte da Europa, mais do que emprego, ela encontrou a valorização da profissão de lecionar.

"Eu me sinto como uma rainha ensinando aqui. Ser professor na Finlândia é ser respeitado diariamente, tanto quanto qualquer outro profissional!", afirma a brasileira, que se casou com um finlandês, tem uma filha de três anos, Eva Cecília, e está grávida à espera de um menino. "Aqui na Finlândia o sistema é outro, o professor é o pilar da sociedade."

A comparação com sua experiência escolar no Brasil é inevitável. "No Brasil só dei aulas em cursos, mas estudei em escola pública, sei como é. Sofria bullying, apanhava porque falava o que via de errado e os professores não tinham o respeito dos pais", diz Luciana.

  PROFESSOR NA FINLÂNDIA R$ 7.860,00

 PROFESSOR NO BRASIL R$ 950,00


Fonte: 1 2